sábado, 2 de outubro de 2010

DA IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO DO VOTO

Mais uma eleição se aproxima no nosso país. Nesse ponto (digo com relação ao processo eleitoral de escolha dos nossos políticos), o Brasil está à frente da maioria das nações, com um processo totalmente informatizado e que confere uma segurança sem igual. O que, por muitas vezes pode nos entristecer é o fato de que as promessas proferidas nos dois meses [teóricos] de campanha, não subsistem, se quer, ao dia 1º de janeiro — dia da posse.

Infeliz ou felizmente, temos uma oportunidade única, de escolher quem vai nos representar no poder durante os próximos quatro anos. O sufrágio, momento em que depositamos nossa confiança em algum político, não termina em si nos cerca de noventa segundos médios para votação, todavia perdura por todo um governo e trás consigo consequências que podem ser as melhores possíveis ou não, a depender dos atos praticados por quem passará a deter o nosso poder, a ser doado, transferido, tradicionado, para o político ao qual iremos elegê-lo.

A palavra de Deus diz que “toda a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.” (Rm 13: 1 e 2).

Entretanto, não podemos jamais esquecer que todos somos seres humanos, munidos de livre arbítrio, tanto quem vota, quanto quem é votado.

Ou seja, é evidente que temos uma responsabilidade como cidadão, um dever jurídico de ir lá votar. Como já foi mencionado em outro momento, não esperem virem anjos do céu, da parte de Deus, e entrar na cabine de votação. Isso não vai acontecer. Lembrem que o VOTO É SECRETO! Significa dizer as leis terrenas são tão igualmente respeitadas por Deus quantos as espirituais. Anjo não pega na mão de eleitor nem aperta a tecla CONFIRMAR após a escolha, sinto muito. A passagem bíblica em que Jesus, pessoalmente, diz “Pois daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” (Mc. 12:17), não é um comando que leva em consideração, apenas, as obrigações tributárias, porém todas as nossas obrigações legais vigentes.

Neste mesmo diapasão, a Bíblia mostra como deve ser nossa atitude de cidadão, no que concerne às questões políticas: “Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor; quer seja ao rei, como so¬berano; quer às autoridades como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores, como para louvor dos que praticam o bem.” (1 Pe 2:13-14).

Temos que tirar do nosso intelecto o pensamento neanderthalesco que sempre associa a política ao diabo. Não, a política não é do diabo, nem muito menos nossas escolhas são do diabo. A política é feita por todos nós! Não dá pra demonizar tudo quanto nos acontece de mal. Temos a livre escolha, o livre arbítrio, e isso serve para absolutamente tudo, inclusive para escolher quem melhor nos representará nos palácios e parlamentos de Brasília e da Capital do teu Estado. Não é questão de negar influências malignas, é questão de lógica: aconteça o bem ou o mal, necessariamente, alguma atitude nossa, por menor ou maior que seja, contribuiu para o resultado alcançado.

Por fim, reitero: o desafio que propusemos no início desse texto — pensar em critérios bíblico-teológicos que nos auxiliem em nossa escolha político-ideológica — não será enfrentado com a aplicação de princípios eminentemente espirituais ou eminentemente legais, aplicados à história, à política e à religiosidade atuais. Esse desafio será pensado levando em conta “o espírito das Leis brasileiras”, “o espírito da Bíblia”.

Quando percebermos que a nossa função como cidadão estará acima de quaisqer outros atos praticados por quem passarmos nossa soberania, aí sim, estaremos cumprindo nosso maior dever, que transpassa apenas o de simplesmente votar. Nossa maior função, como cidadão, é fazer-nos representar por pessoas que detenham qualidades parecidas com as nossas e que sejam isentas dos defeitos que nós temos.

Bom voto, boas escolhas, e muitas promessas cumpridas, aos nossos políticos.

2 comentários:

  1. Muito bom o texto!
    Mas realmente, querido. O fato é que o brasileiro foi ensinado a não gostar de política e qualquer um mais esclarecido sabe o motivo.
    No entanto, o país está mudando. Prova disso é uma esquerdista que mantém como prioridades o desenvolvimento sustentável e a educação conseguiu passar 3% das intenções de voto. Sem campanha, mas sabemos também de quem estou falando. A Marina pode até não ganhar, mas fico feliz em ver que uma maior parcela da população brasileira está se conscientizando das reais necessidades no nosso país. =)

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  2. Muito boooooooom Juuh , como sempre ! ><
    Política é coisa do Diabo sim kkkk!
    brincando ;D

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